segunda-feira, 13 de abril de 2009

ALERGIAS

Porque fazem alergias os nossos animais?

A alergia é uma doença do sistema imunitário, o qual reage anormalmente a determinadas substâncias designadas alergenos. Uma reacção alérgica pode ser causada através da inalação ou da ingestão de alergenos, ou pode ser consequência do contacto directo com o alergeno ao qual o animal é sensível. As alergias têm várias causas, sendo que algumas destas têm origem genética. Os sinais clínicos das alergias ocorrem quando o animal é exposto a uma concentração elevada de alergenos aos quais é sensível. Com exposição contínua a estes alergenos, os animais tendem gradualmente a aumentar a gravidade da sintomatologia.

Mas afinal, a que são alérgicos os nossos animais? A dermatite alérgica à picada da pulga (DAPP) é o problema de pele mais comummente diagnosticado nos cães e gatos que vivem em climas quentes e húmidos ou temperados, como é o caso da Europa Ocidental e Mediterrâneo. Basicamente, refere-se a uma reacção de hipersensibilidade aos alergenos existentes na saliva da pulga. Nas alergias de origem alimentar incluem-se manifestações de hipersensibilidade a um ou mais componentes da dieta. Os alergenos alimentares mais comuns são: componentes da carne bovina, equina, leite e derivados, peixe, alimentos enlatados, etc. As dermatites por contacto alérgico surgem quando o animal é exposto a determinadas substâncias, dependendo o quadro clínico da frequência, duração do contacto, propriedades alergizantes da substância e sensibilidade individual do animal. Sensibilizantes comuns incluem: materiais de limpeza, tintas, plásticos, shampoos, corantes de tecidos, adesivos, etc. Alergenos ambientais (polens, ácaros do pó, fungos) podem conduzir determinados animais mais hipersensíveis a desenvolver um quadro de atopia ou dermatite atópica.

Como se manifestam as alergias?
O sinal mais comum de um quadro alérgico é o prurido (comichão) intenso, irritação da pele e lambedura ou mordedura dos membros ou de outra parte do corpo. Nas áreas mais comummente afectadas, incluem-se: extremidades dos membros, redor dos olhos e boca, orelhas, axilas, virilhas, base da cauda. Num quadro crónico e prolongado, toda a superfície corporal pode surgir afectada e complicada com uma infecção bacteriana secundária.

As alergias podem ser prevenidas?
A maioria das doenças alérgicas têm carácter hereditário, assim sendo, não há forma alguma de preveni-las. As alergias podem ser controladas, mas não prevenidas. O melhor controlo é realizado, quando se consegue evitar a exposição do animal aos alergenos aos quais este é sensível. Por exemplo, se o animal é alérgico à picada da pulga, é importante um controlo de infestação por pulgas. Existem alergenos, tais como fungos, bolores, poléns e ácaros, que são mais difíceis de evitar. Por conseguinte, é importante controlar a alergia do animal com formas alternativas.

Retirado do site do Hospital Veterinário do Porto

ENVENENAMENTO DO ANIMAL POR "CHUMBINHO"

O "chumbinho" é um veneno proibido por não possuir antídoto direto. O animal que ingere chumbinho apresenta salivação, tremor pelo corpo, falta de ar e solta um catarro amarelo claro pelo ânus. Não se deve dar leite ao animal, pois o leite ajuda a expansão do veneno pelo corpo e pode prejudicá-lo mais ainda.O que pode ser feito é dar clara de ovo ou um medicamento a base de carvão ativado chamado Enterex (de uso veterinário). Em seguida, deve-se levar o bichinho com urgência a um veterinário. A grande maioria dos casos pode ser salva desde que o socorro seja rápido.

Fonte: site Pet Feliz

TRANSFUSAO DE SANGUE

"transfusão animal"

Assim como as pessoas, os animais também precisam de transfusão de sangue e ela poderá fazer a diferença entre a vida e a morte dos amigos de quatro patas.
Toda transfusão de sangue ou de seus componentes tem caráter semelhante ao de um transplante. É, geralmente, um procedimento de urgência e não deve ser encarado como um tratamento, mas apenas como medida de suporte a fim de manter a sobrevida até que seja possível o diagnóstico, tratamento e recuperação. Por isso, não se deixe enganar pela impressão de pronta recuperação que o animal poderá apresentar logo após a transfusão. Este estado poderá ser provisório se a causa do problema e suas consequências não foram eliminadas. Após uma tranfusão, deve-se aumentar os cuidados e a observação pois, como um transplante, podem ocorrer reações e "rejeições".

IMPORTANTE:
No caso dos cães, a primeira transfusão é relativamente segura pois o animal nunca entrou em contato com sangue diferente do seu e até então não produziu células de defesa; já nos gatos, precisamos ter cuidados redobrados pois estes possuem células de defesa, mesmo sem nunca terem sido transfundidos.

INDICAÇÕES DA TRANSFUSÃO
A maior parte dos casos que exigem transfusões são sérios, de surgimento repentino e inesperado e apenas o clínico, à luz dos dados clínicos e laboratoriais, poderá tomar a decisão por esta escolha, já que existem riscos graves associados. A maioria dos casos de transfusão estão associados a anemia crítica ou perdas sanguíneas, por problemas hepáticos ou renais, infecções por parasitas do sangue (babesiose, ehrlichiose, haemobartonelose), intestinais (verminoses ou protozooses) ou mesmo parasitas externos (pulgas e carrapatos), deficiências alimentares, acidentes, intoxicações e até grandes cirurgias.

Característica para ser um doador
Os cães que se tornam doadores devem ser vacinados anualmente contra raiva, cinomose, hepatite infecciosa, leptospirose, parvovirose e coronavirose. Antes de iniciar o processo de doação sanguínea, cada animal é submetido a testes de controle de hematócrito e jamais devem ter contato com carrapatos. Os gatos devem ser vacinados anualmente contra a raiva, rinotraqueíte, calicinose e panleucopenia felina, e demais testes que comprovem a situação de doador.
Os cães devem ter peso mínimo de 25 quilos. Machos ou fêmeas, esses animais não podem ter histórico de doenças graves e nem terem recebido transfusões anteriores. O volume máximo de sangue é de até 15 ml por quilo de peso num período de 30 dias. Para os gatos, o peso mínimo é de quatro quilos e a situação é similar, sendo que o volume máximo de sangue é de até 12 ml por quilo de peso num período de 40 dias.
http://www.atitudefm.com.br/noticias.asp?co_noticias=444
Fonte de pesquisa: sites: vida de cão; saúde animal e ana maria

DOENÇAS CARDÍACAS DOS NOSSOS CÃES

Retirado do site do Hospital Veterinário do Porto

As doenças cardíacas são cada vez mais comuns nos cães. Isto ocorre porque a sua esperança média de vida tem vindo a aumentar nos últimos anos, em grande parte devido aos melhores e mais atentos cuidados veterinários prestados nos nossos dias. Alguns defeitos cardíacos estão presentes desde o nascimento (defeitos cardíacos congénitos) mas apenas causam sintomas quando o animal envelhece e o seu coração começa a ficar mais fraco.

Como é que o coração trabalha?
O coração dos nossos animais de estimação é, tal como o nosso, uma bomba muscular com quatro compartimentos separados. A parte direita do coração envia sangue para os pulmões onde este recebe oxigénio enquanto a parte esquerda bombeia o sangue para o resto do corpo. As quatro áreas do coração são separadas por válvulas que asseguram que o sangue corra sempre na direcção correcta.

O que é uma doença cardíaca?
As doenças cardíacas em cães idosos são geralmente causadas por alterações nas válvulas cardíacas ou por alterações no musculo cardíaco. Algumas raças de cães são mais predispostas a determinados problemas cardíacos que outras. Nos humanos, as doenças cardíacas são geralmente provocadas por lesões no músculo cardíaco causadas por coágulos sanguíneos (enfarte do miocárdio). Esta lesão cardíaca não acontece nos cães. As duas doenças cardíacas mais comuns nos cães adultos são:

- Insuficiência Valvular: Esta doença é particularmente comum em Caniches, Yorkshire Terriers, Cavalier King Charles Spaniels, etc. À medida que o cão envelhece as suas válvulas ficam cada vez mais permeáveis e, em vez de fecharem eficazmente cada vez que o coração bombeia, elas permitem um movimento de sangue inverso ao normal, resultando assim num diminuição do sangue que vai ser distribuído pelo organismo.

- Cardiomiopatia Dilatada: Este problema cardíaco é mais comum em cães de raças grandes como os Doberman, Dog Alemão, Cães da Terra Nova, Irish Wolfhound e Cães da Serra da Estrela. Esta doença causa o adelgaçamento das paredes cardíacas de tal maneira que o coração incha (semelhante a um balão com agua). As contracções do músculo cardíaco ficam muito fracas fazendo com que o sangue não seja bombeado eficazmente.

Quais são os sintomas de doença cardíaca?
Os sintomas de doença cardíaca são geralmente muito similares, independentemente da causa. Muitos dos sintomas de um paciente cardíaco podem ser confundidos com o envelhecimento natural de um animal. Apatia e intolerância ao exercício físico são comuns. Cães com doença cardíaca severa podem ter uma redução de apetite, levando mesmo à diminuição de peso que, em muitos casos, pode passar despercebido já que estes animais apresentam uma enorme retenção de líquidos devido aos seus problemas cardíacos. Outros sinais clínicos comuns nestes pacientes são as dificuldades respiratórias e a tosse devido ao aumento de fluidos nos pulmões. Convém ter em conta que estes sinais clínicos são inespecíficos e podem também ser vistos noutras doenças. Por vezes, os cães com problemas cardíacos podem ter desmaios ou mesmo ataques.

Como é que o meu veterinário sabe que o meu cão tem uma doença cardíaca?
Quando nós examinamos o seu animal, usamos um estetoscópio para ouvir o coração do seu cão. Quando uma doença cardíaca está presente, por vezes faz-se acompanhar por uma mudança nos sons cardíacos. O batimento cardíaco pode ser mais rápido (ou eventualmente mais lento) e irregular. Um exame radiográfico pode-nos mostrar que o coração do seu animal está aumentado e a ecografia pode ser usada para verificarmos se o músculo cardíaco e as válvulas cardíacas estão a trabalhar normalmente. Um Electrocardiograma(ECG) regista a actividade eléctrica do coração que faz com que o coração contraia e pode ser usado para verificarmos se o batimento cardíaco é regular ou irregular. Se tiver um cachorrinho, deve fazer-lhe um check-up o mais cedo possível pois, deste modo, poderemos detectar problemas cardíacos congénitos e, se possível, corrigi-los o mais cedo possível antes que apresente sintomatologia. Podem-se tratar problemas cardíacos? Doença cardíaca não significa necessariamente falência cardíaca. Muitos animais com problemas cardíacos não apresentam sintomatologia e são capazes de viver vidas normais sem necessitarem de medicação. Contudo, a maior parte dos pacientes cardíacos tendem a piorar depois dos primeiros sintomas, necessitando de tratamento para o resto da vida do animal.

Como é que se tratam os problemas cardíacos?
Numa fase precoce da doença cardíaca pode ainda não haver sintomatologia associada e o seu animal necessita apenas de visitas regulares ao veterinário de maneira a que o possamos seguir rigorosa e cuidadosamente. Se os sinais clínicos aparecerem, estes podem ser tratados. Contudo, convêm ter em mente que a doença vai efectivamente piorar e que o tratamento vai apenas atrasar a progressão da doença. O tratamento é composto por: - Mudanças do estilo de vida do animal; (ex: mais exercício controlado) - Medicamentos que melhorem o batimento cardíaco ou que mudem a frequência cardíaca; - Medicamentos que facilitem a eliminação dos líquidos acumulados; - Mudanças dietéticas podem ser necessárias, dependendo do tipo de problema cardíaco do seu animal.

Quanto tempo viverá o meu cão?
Esta é uma questão impossível de responder. Alguns animais com problemas cardíacos podem viver vidas normais sem qualquer tipo de sintomas enquanto outros podem não responder ao tratamento e morrer subitamente. Tudo depende do tipo e severidade da doença cardíaca, tendo em conta que cada caso é único. O aspecto mais importante perante qualquer que seja a doença, é a qualidade de vida que o animal apresenta. Se acha que o seu animal de estimação não se sente bem, ou que o tratamento não o está a ajudar, deverá contactar o seu veterinário para que o aconselhe.